segunda-feira, 31 de maio de 2010

Irã, cada vez mais "refinado"

          O Brasil e a Turquia anunciaram em maio em Teerã um acordo para que o Irã envie urânio para o exterior e receba, em troca, urânio com grau maior de enriquecimento.
         O objetivo desta atitude é evitar novas sanções contra o Irã por parte do Conselho de Segurança da ONU, idealizada pelos Estados Unidos.
         O jornal Estadão publicou uma série de perguntas e respostas elaboras pela BBC sobre o tema. Segue abaixo os principais tópicos:

O que prevê o acordo?
          O Irã enviará 1,2 tonelada de urânio com baixo grau de enriquecimento (3,5%) para a Turquia em troca de 120 kg de combustível enriquecido a 20%.
          A troca deverá ter o acompanhamento da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, órgão da ONU).
Para que o Irã quer o combustível? 
          Para um pequeno reator de pesquisas médicas em Teerã, instalado pelos Estados Unidos há muitos anos. Ele está sofrendo com a falta de combustível, que antes era fornecido pelo exterior.

Qual seria o problema de permitir que o Irã enriquecesse o próprio urânio?
          O argumento contrário é de que, com isso, o Irã poderia desenvolver mais sua capacidade de enriquecimento.
          Muitos países temem que o país possa evoluir nesse campo até ter condições de construir um dispositivo nuclear, que requer urânio com um alto grau de enriquecimento, de cerca de 90%.   

Afinal, o que, na prática, impede o Irã de fazer uma bomba nuclear?
          Especialistas acreditam que o Irã poderia enriquecer urânio suficiente para construir uma bomba em alguns meses. Entretanto, o país aparentemente ainda não detém o domínio da tecnologia para criar uma ogiva nuclear.
          Em teoria, o Irã poderia anunciar que está abandonando o Tratado de Não-Proliferação das armas nucleares e, três meses depois de fazê-lo, estaria livre para fazer o que bem entendesse. Mas ao fazer isso, o país estaria sinalizando suas intenções e ficaria vulnerável a ataques.
          Se o Irã tentasse obter secretamente o material para fazer uma bomba e o plano fosse descoberto, o país estaria vulnerável da mesma forma. Por isso, alguns acreditam que a ameaça de que o Irã desenvolva uma bomba atômica tem sido exagerada.



          E o Brasil?
          Lula frisou que os EUA tentam um acordo com o Irã há mais de 30 anos e que só depois da intermediação de Brasil e Turquia os iranianos aceitaram negociar.
          É o poder diplomático (carisma) do nosso presidente.
          Então como acabará esta história? Espero que de maneira pacífica. Aguardamos o desenrolar dos fatos...
 
Postado por Jonathan Rodrigues Ev

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cessam os conflitos na Tailândia. Cessam?

      A Tailândia passa por uma série de conflitos populares, os quais já deixaram ao menos 68 mortos e 1700 feridos, juntamente com muitos prédios depredados e até incendiados.

      
     Os conflitos, de modo geral liderados por um grupo chamado “Camisas Vermelhas”, iniciaram-se em meados de março. O grupo popular em geral são pessoas pobres, de origem rural, seguidoras do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006. Eles pedem a renúncia do atual premiê, Abhisit Vejjajiva, o qual acusam de entrar no poder de maneira ilegítima, com o apoio de militares golpistas, e exigem a realização de eleições imediatas.

      Durante semanas populares e o exército tailandês criavam uma verdadeira zona de guerra pelas ruas de Bangkok, capital do país. O governo propôs vários acordos, entretanto não eram aquilo que procuravam os manifestantes. Tanques foram usados para destruir barreiras de entulho e bambus. O primeiro ministro decretou toque de recolher em Bangkok e outras 23 províncias, das 20:00h as 6:00h, com o intuito de dar mais segurança e evitar confrontos que levassem à ainda mais mortes. Ouve também interrupção de energia elétrica e alguns lugares.

      O grupo de camisas vermelhas, além de destruição pelas ruas das cidades, usaram reféns, inclusive repórteres, como maneira de pressionar o governo.

      Veículos blindados do exército e uma tropa com armas semiautomáticas avançaram e montaram um cerco sobre uma área que passou mais de seis semanas dominada pelos populares, conseguindo então o rendimento de seus líderes. Jatuporn Prompan, um dos líderes do movimento, pediu desculpas ao seu grupo de camisas vermelhas, afirmando que queria evitar mais mortes. Ele foi quem anunciou o fim dos protestos.

      Mesmo após a rendição dos líderes, a calma nas ruas não foi como esperada. Minutos após a rendição, granadas explodiram no local onde haviam protestos ferindo dois soldados e um jornalista estrangeiro. Em vários bairros de Bangkok, manifestantes acenderam fogueiras e queimaram pneus em forma de protesto.

      Kavee Chukitsaken, diretor de pesquisas de uma corretora, afirma que após a rendição dos camisas vermelhas a situação ficou ainda mais caótica. Os manifestantes vão de um lado para o outro, sem líderes, desencadeando uma desordem por toda a cidade. Nem mesmo o exército consegue atuar de maneira eficiente nessas situações.“- são como insetos voando de um lado para o outro, causando irritação. Não sabemos quem são e por que estão fazendo isso- ”.

      Thaksin, o ex-premiê, por telefone afirmou à uma revista que teme que a repressão militar desperte um ressentimento na população, e que acabem assim por formar um grupo guerrilheiro.

      A Tailândia sem dúvida é um país com grande potencial econômico, e agora passa por uma crise. Talvez intervenções internacionas possam ajudar a manter a democracia, mas cabe ao seu próprio governo decidir o futuro da nação.


Postado por Diego Nasato

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PREFÁCIO

         A Ásia é o maior e mais habitado continente do mundo. Corresponde a 29,5% das terras emersas do planeta. Possui o espantoso contingente de 4 bilhões de habitantes (aproximadamente 58% de toda a população mundial). Ela abrange os dois países mais populosos do mundo, a saber, China e Índia, sendo que o primeiro destes possui a segunda maior economia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

         A Ásia é considerada o berço da civilização, pelo fato de que as primeiras civilizações, surgiram na Mesopotâmia (do grego “mesopotamos” que significa “terra entre rios”), onde corresponde atualmente aos territórios de Irã e Iraque. De fato é um continente de muitos contrastes, tanto nos aspectos sociais, étnicos e religiosos quanto nos âmbitos geográficos e econômicos.

        Vários povos constituem este território tão vasto, cada qual com a suas respectivas culturas e religiões. De acordo com vários aspectos, principalmente geográficos e étnicos, a Ásia pode ser dividida em: Oriente Médio, Norte Asiático, Península Indostânica, Indochina e Extremo Oriente.

         É o continente que apresenta o maior ritmo de crescimento econômico e industrial do mundo, com destaque para os países da Península Arábica, China, Índia e Tigres Asiáticos.

         A Ásia possui muitos aspectos e histórias fantásticas, que merecem ser descritas e contadas. É com base nisto que estamos executando este trabalho: para possibilitar um conhecimento aprofundado, dinâmico e diferenciado deste território tão exuberante e por muitos, desconhecido.

Postado por Getúlio B. Honorato