O Brasil e a Turquia anunciaram em maio em Teerã um acordo para que o Irã envie urânio para o exterior e receba, em troca, urânio com grau maior de enriquecimento.
O objetivo desta atitude é evitar novas sanções contra o Irã por parte do Conselho de Segurança da ONU, idealizada pelos Estados Unidos.
O jornal Estadão publicou uma série de perguntas e respostas elaboras pela BBC sobre o tema. Segue abaixo os principais tópicos:
O que prevê o acordo?
O Irã enviará 1,2 tonelada de urânio com baixo grau de enriquecimento (3,5%) para a Turquia em troca de 120 kg de combustível enriquecido a 20%.
A troca deverá ter o acompanhamento da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, órgão da ONU).
Para que o Irã quer o combustível?
Para um pequeno reator de pesquisas médicas em Teerã, instalado pelos Estados Unidos há muitos anos. Ele está sofrendo com a falta de combustível, que antes era fornecido pelo exterior.
Qual seria o problema de permitir que o Irã enriquecesse o próprio urânio?
O argumento contrário é de que, com isso, o Irã poderia desenvolver mais sua capacidade de enriquecimento.
Muitos países temem que o país possa evoluir nesse campo até ter condições de construir um dispositivo nuclear, que requer urânio com um alto grau de enriquecimento, de cerca de 90%.
Afinal, o que, na prática, impede o Irã de fazer uma bomba nuclear?
Especialistas acreditam que o Irã poderia enriquecer urânio suficiente para construir uma bomba em alguns meses. Entretanto, o país aparentemente ainda não detém o domínio da tecnologia para criar uma ogiva nuclear.
Em teoria, o Irã poderia anunciar que está abandonando o Tratado de Não-Proliferação das armas nucleares e, três meses depois de fazê-lo, estaria livre para fazer o que bem entendesse. Mas ao fazer isso, o país estaria sinalizando suas intenções e ficaria vulnerável a ataques.
Se o Irã tentasse obter secretamente o material para fazer uma bomba e o plano fosse descoberto, o país estaria vulnerável da mesma forma. Por isso, alguns acreditam que a ameaça de que o Irã desenvolva uma bomba atômica tem sido exagerada.
É o poder diplomático (carisma) do nosso presidente.
Então como acabará esta história? Espero que de maneira pacífica. Aguardamos o desenrolar dos fatos...
Postado por Jonathan Rodrigues Ev