Os conflitos, de modo geral liderados por um grupo chamado “Camisas Vermelhas”, iniciaram-se em meados de março. O grupo popular em geral são pessoas pobres, de origem rural, seguidoras do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006. Eles pedem a renúncia do atual premiê, Abhisit Vejjajiva, o qual acusam de entrar no poder de maneira ilegítima, com o apoio de militares golpistas, e exigem a realização de eleições imediatas.
Durante semanas populares e o exército tailandês criavam uma verdadeira zona de guerra pelas ruas de Bangkok, capital do país. O governo propôs vários acordos, entretanto não eram aquilo que procuravam os manifestantes. Tanques foram usados para destruir barreiras de entulho e bambus. O primeiro ministro decretou toque de recolher em Bangkok e outras 23 províncias, das 20:00h as 6:00h, com o intuito de dar mais segurança e evitar confrontos que levassem à ainda mais mortes. Ouve também interrupção de energia elétrica e alguns lugares.
O grupo de camisas vermelhas, além de destruição pelas ruas das cidades, usaram reféns, inclusive repórteres, como maneira de pressionar o governo.
Veículos blindados do exército e uma tropa com armas semiautomáticas avançaram e montaram um cerco sobre uma área que passou mais de seis semanas dominada pelos populares, conseguindo então o rendimento de seus líderes. Jatuporn Prompan, um dos líderes do movimento, pediu desculpas ao seu grupo de camisas vermelhas, afirmando que queria evitar mais mortes. Ele foi quem anunciou o fim dos protestos.
Mesmo após a rendição dos líderes, a calma nas ruas não foi como esperada. Minutos após a rendição, granadas explodiram no local onde haviam protestos ferindo dois soldados e um jornalista estrangeiro. Em vários bairros de Bangkok, manifestantes acenderam fogueiras e queimaram pneus em forma de protesto.
Kavee Chukitsaken, diretor de pesquisas de uma corretora, afirma que após a rendição dos camisas vermelhas a situação ficou ainda mais caótica. Os manifestantes vão de um lado para o outro, sem líderes, desencadeando uma desordem por toda a cidade. Nem mesmo o exército consegue atuar de maneira eficiente nessas situações.“- são como insetos voando de um lado para o outro, causando irritação. Não sabemos quem são e por que estão fazendo isso- ”.
Thaksin, o ex-premiê, por telefone afirmou à uma revista que teme que a repressão militar desperte um ressentimento na população, e que acabem assim por formar um grupo guerrilheiro.
A Tailândia sem dúvida é um país com grande potencial econômico, e agora passa por uma crise. Talvez intervenções internacionas possam ajudar a manter a democracia, mas cabe ao seu próprio governo decidir o futuro da nação.
Postado por Diego Nasato
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